quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Feições agradáveis

Uma vida ligeira, maravilhosa
Do lado de uma constelação
Que atrai uma humilde prosa

Preferencialmente dirijo
Com calma de coração
Em nada jamais exijo

Formosa!
Deslumbrarão.

Possibilita que eu não me canse
Indica uma solução
Nunca que eu passasse

Formosa!
Inquietação.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Porque Era Ela, Porque Era Eu



Eu não sabia explicar nós dois
Ela mais eu
Porque eu e ela
Não conhecia poemas
Nem muitas palavras belas
Mas ela foi me levando pela mão
Íamos tontos os dois
Assim ao léo
Ríamos, choravamos sem razão
Hoje lembrando-me dela
Me vendo nos olhos dela
Sei que o que tinha de ser se deu
Porque era ela
Porque era eu



Chico Buarque

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Conto amigo



Saído de um conto de "fadas" moderno
Com sua fragilidade aparente
Seus movimentos suaves
A sua efervescência poética
Me anima e alegra
Será que também sou um poeta?
Sei que tenho um amigo poeta
Que venha Nerudas, Galeanos...
Mas você tem um lugar especial
Em minha estante virtual.

Por: Marcos Martins
Foto: Junior Köche

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um rapaz

Conheci um rapaz boa gente
Cultivador de uma grande amizade
O que para muitos é indiferente
Ele chama de humildade

Tem seus gestos reconhecidos
Quando simplesmente fala
Se há alguém adormecido
Não é ele quem embala

Mas conheço pouco desse ser
Que vê arte em movimento
E respira para aprender
Tudo que é conhecimento

Se estou errado me desminta
Defina assim como preferir
E quem puder que sinta
A grandeza que ele sente ao sorrir.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Por boca cerrada entran las moscas





Es tan poco lo que sabemos
y tanto lo que presumimos
y tan lentamente aprendemos, 
que preguntamos, y morimos.
Mejor guardemos orgullo
para la ciudad de los, muerto
en el día de los difuntos
y allí cuando el viento recorra
los huecos de tu calavera
te revelará tanto enigma, 
susurrándote la verdad
donde estuvieron tus orejas.

Pablo Neruda— mas o tempo

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Alvos do acaso

Todos já ouviram sobre o amor
Poucos sentiram com ele é
Uns até viveram com a dor
Pois quem ama sempre tem alguma fé

Fé que precisa de afeto
Duradouro não de momento
Mesmo que haja um sentimento
Tem que ser algo completo

Algo além do inexplicável
Que nos quebra e nos conserta
Quando o bem é inevitável
Mantém a porta aberta

Mais se um dia ela fecha
É uma triste realidade
Como um arco sem a flecha
Que não tem utilidade.

Poemas



Meus Poemas são reflexões do dia-a-dia,
do interior, do que limita.
Não são conselhos, mas podem ser seguidos,
não são perguntas, mas podem ser questionados,
não são a única verdade, mas pode nos fazer
deixar as mentiras.
Não são a Vida, mas podem ser incluídos nela.
Não são a morte, mas podem matar todos os nossos egos,
não são respostas, mas podem tirar muitas dúvidas.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Coração meu

Meu coração sem barreiras
Com muita vontade se entrega
Avança sem eira nem beira
Os males da vida renega
Por isso peca
Cobiça o que não é seu
Coração meu.

Junior Köche / Marcos Martins

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Minha Maria

Se um dia eu caisse
em um infinito de tristeza
e minha voz talvez,
jamais viesse ser a mesma.
Por mais fraca, por mais gasta
ela ainda falaria:
Que te amo minha Maria.
E jamais entenderia
porque sempre me esqueço
e não guardo isso em silêncio.