domingo, 26 de agosto de 2012

Verso Avulso

Corre e olha para todos os lados 
Como se já não tivesse idade 
São dias ansiosos e nublados 
Desses que só se tem saudade

Verso Avulso

De manhã passa rápido, vem a tarde.
A tarde também se vai e a noite arde.

Texto encontrado - novembro de 2008 - Achado

"Acredito que nada 
do que é importante,
Se perde verdadeiramente.

Apenas nos iludimos,
Julgando ser donos das coisas,
Dos instantes e dos outros.

Comigo caminham:
Todos os amigos que se afastaram,
Todos os dias felizes que se passaram.

Não perdi nada,
Apenas a ilusão de que tudo podia ser meu,
Assim, Para Sempre!"

Texto encontrado - Março de 2010 - Surpresa

Fez questão da distração
Embora um pouco sem jeito
Mergulhando de cabeça
Numa ação que é preciso peito

Seu tom de voz perfeito 
Fazendo efeito
Sendo eleito

Na avenida que passou
Cantou memórias da boêmia
Na lembrança só restava
A velha e boa companhia

Sua intensa alegria
Querendo fantasia
Tendo toda harmonia

Surpreendeu alguns e outros
Tinha sempre um bom motivo
Que para todos demonstrava
O grande infinito alívio

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Saber voar

Entregue seu coração
Ao que será feito
Toda e qualquer ação
Mostra o seu respeito

Deleito é ter prazer
É andar de olhos fechados
É sorrir sem querer
Amar até dias nublados

Entendendo que seu coração
Se esconde em repouso
Chega a estação
Sente o alvoroço

Para quem sabe voar
Indiferente é o pouso
Quando me lanço no ar
Mesmo com medo ouso

sábado, 11 de agosto de 2012

Meu tempo é quando

De manhã sempre à toa
Chega a tarde numa boa
Quando é noite é sem vergonha
No outro dia só ressaca
Tantas vezes nessa estrada
Que só pede aperitivo
Para sentir que tem andado
Se encontrado com o exato
Que alguns acham que existe
O limite é pai do risco
Não tem vício nem consolo
Qualquer um se perde um pouco
Como já disse Clarice
Se perder é um caminho
Se não sabe fica esperto
Hoje o dia é para ser
E se é para dar carinho
Lute com o que vier
Desconfie do incerto
E só ame o que quiser 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Cotidiano


Hoje que senti mesmo
Que o coração bate mais rápido
Quando aquele nó no peito
Vai ser retirado
A euforia abundante
Teme todos os limites
Para quem quer fazer da vida
Momentos radiantes
Gestos e modos
Crimes e suas cobiças
Se deles fluem algo
Seja sincero e não carniça
Pois se é que se faz amor
As venturas sejam as riquezas
As incertezas sejam o sabor
E o amor seja nas diferenças

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Metamorfoseando

Alucino entre paredes
Tudo de forma enquadrada
De terras e gramas verdes
Fora sua jornada

Em terras se replantou
Coragem e talento
Dos verdes se alimentou
Sentindo a brisa do vento

Por que há de morrer às vezes
Para ser bem melhor que agora
Metamorfoseando os meses
Os anos passam sem demora

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Filosofia de Bar

Sol dia de mar
Chuva dia de cama
Na hora de amar
Ama e não reclama

Alguns amantes de bar
Bebem sem fazer drama
Talvez possam avançar
Talvez afundem na lama

Esses Boêmios distintos
Bebem até cambalear
Seguem seus próprios instintos
Esquecem do dilacerar

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Sonho cobaia

sonhei que era forte
brinquei com a sorte
sorri sem querer

Mantive a calma
Revi minha alma
Querendo vencer

O Mar era tenso
Nuns olhos imensos
Que só pude ver

Alegrias de vento
Soprando sentimento
Coisas do querer

Lembrei que era sonho
E todo tristonho
Me agarrei pra valer

Na barra da saia
De um sonho cobaia
Que sempre quis ter

Mas não me perdi
Busquei reagir
Respirando meu ser

Que trouxe de volta
Com tanta revolta
Que nem posso crer

Que o sonho de agora
Que já foi embora
Jamais quis perder

Um pouquinho

Um pouquinho de verdade
Um bocado de ansiedade
Visitante do que é bom
Das segundas, das semanas
Faz sentido o que se sente
Não só sente o que se entende
De pouquinho em pouquinho
O que é morno fica quente
Há mais chances de esfriar
Se sonhar não é um dom
E se os olhos se fecharem
Não esqueça do seu tom
Por que quando eles abrirem
Sonhos se perdem no ar
Para aprender sentir-se grande
Não precisa se mostrar
Se esquenta com cobertor
Se mergulha no sonhar

Sonhos aflorados

Nos braços amassados
Esquentam, esbarram
Seus corpos descansados
Nos olhos os traços
Os dedos entrelaçam
Os medos destroçados
Agarram segurança
E os sonhos aflorados
Atrevem as lembranças
A serem desejadas
A todos os instantes
Como nas madrugadas
Distintas, invasoras
Alimentam o infinito
Esquecem até das horas
Amor é comprimido
Que junta e acolhe
Sinceros sentimentos
Vividos de passagem
Criados com o riso
Na estrada da verdade