quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Me faz sorrir

De que gosta de quem gosta
Sempre busca uma resposta
Para viver de jeito vasto
Das tristezas me afasto

Meu querer meu bem querer
Que me faz estremecer
E de grande e sempre raro
O coração de um jeito bárbaro

Vindo de seu mundo mágico
Não tem nada para ser sádico
Vejo que por dentro vamos
Nem sequer receio aos danos

Mas se vir algo de vento
Busco sempre algum invento
Para continuar a colorir
Tudo que me faz sorrir

2 comentários:

  1. Por que você ama quem você ama?

    Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.

    O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por acaso, por empatia, por magnetismo.

    Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

    Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

    Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

    Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: ela linda + você legal = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

    Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

    Mas ninguém consegue ser do jeito do amor da sua vida!


    C. Lispector

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