sábado, 3 de novembro de 2012

Quem decide?

Alguns põem minhas
Outros põem mãos
O poeta é quem decide

Indagando

Sobrevivo e vivo
E me animo
E odeio
Depois revejo
E o que é bom
É o beijo
E sem rodeio
Invento o amor
E continuo
Firme mas com dor
Mútuo motivo
Que vivo
Sobre o vivo

Fluído

Uma falta de ar sente o peito
De uma forma devastadora, sufocante
Amante, agora deste aparelho
Que deixa de um tom sem jeito
Vermelho
E o peito só vai avante, inspirador
E o resto é só delírio
Duvido do que é conselho
Esse é meu fluído
Que enfim me da ar
Conserta o que se vai
Saudade aconchega-se
Quando ancora no cais

Senhora Lábia

Ontem colhi mangas e morangos
e minha vizinha veio para mim aos prantos.
Disse que no caminho das pedras, havia rastro de sangue.

Espantoso é eu não ter ferimentos!

Mas aliviei dizendo que aquilo só eram morangos.
Como aquele astro que ano antes tinha caído do espaço

Segundo minha vizinha que vê coisas misteriosas,
um ser estranho anda nas redondezas.
Garante ela sua esperteza
e ainda diz que existem tantas coisas duvidosas.

Apenas veio perguntar-me sobre o sangue porque queria um café,
e disse ela que tem fé em Cristo que todo dia lhe coloca de pé

Pergunto-me, como sabe ela do café?

Ela sente que fito a olhar-lhe
e depressa arregaça as mangas e diz:
Já que aquilo eram morangos
os meus prantos eram em vão
Mas com a fé que tenho espantosa
não posso sair daqui sem lhe citar uma prosa.

A rosa sempre me disse que seu café era bom.

Atino

Quem vira a cara
Olha para o lado
Quem brinca sério
Não tem cuidado

Desculpa a alma
Repenso a cena
Existe a calma
Vida serena

Há dias brutos
Com maus defeitos
Com eles surtos
E desrespeitos

Pensa no agora
Tem a coragem
Se mais demora
Tem mais bagagem

Não sabe mais
Nem sabe menos
Não é capaz
De ter venenos

Só não entende
Por que magoa
O mar se estende
Num rio, lagoa

Que tem sua fonte
Que também liga
Como uma ponte
Que simplifica

Leva ao destino
Mostra do alto
Nesse atino
Levanto e salto

Por que sonhar
É para poucos
E os que sonharam
Ficaram loucos

Loucos amantes
De tal verdade
São conservantes
Da humildade

Verso Avulso - Jabuticaba

Todo amor agradeço e do pé de jabuticaba desço.

Do coração de um cais seguro

Para a alma dias de conforto
Com enorme bondade
Sou o cais de um porto
Que anda cheio de saudade

Com vontade de ancorar
Seja lá de qualquer jeito
Ela vem num navegar
E me acerta contra o peito

Contrapondo com insistência
O desejo de explorar
Mas na perde a fantasia
De ao horizonte retornar

Levando a bordo dela
O coração de um cais seguro
Mar a dentro só da ela
Como um brilho no escuro

Esculpindo seu caminho
Na calmaria de um vento breve
Ela vai devagarinho
A tempestade que se atreve

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

É mal humorada Insuportável

Tem um cara chato
Que só incomoda
Todos os seu atos
Estão fora de moda

Que ser insuportável
Não fica calado nunca
Só sabe ser razoável
Sua cabeça que nunca funca

O dia em que se calar
Águas do céu vão cair
Chuva bastante para lavar
Todo o seu proferir

Discurso de uma vida
Que não acrescenta em nada
Toda a sua ida
É mal humorada

sábado, 6 de outubro de 2012

Ponto de partida

Artista de virtude
Insista no ser rude
Capaz de ser diferente
Presente, observante
Indigno de desesperança
Alegre em abundância
Coisa de quem pisa na terra
E que na ventura erra
E sente o peito cheio
Também crente que o feio
Canta, chora e dança
E se perde na bonança
O momento de importância
Onde um bom homem regressa
Sem não ter nenhuma pressa
De compreender o que certo
Ser correto é ser esperto
Mas também deita e descansa
Com a cabeça leve e pronta
Pois já viu tanta desgraça
As pessoas quem são tontas
Se entregam a mordaça
De sonhar feito palhaças
Rir de tudo que se pode
Sem não ter nenhuma graça

sábado, 22 de setembro de 2012

A Judas

Ajudas por interesse
O amargo de um beijo
Traições e pertences
Sou o cego que vejo

Tenho razões
Nem ao menos creio
Imune a sensações
A beleza do feio

A mentira fugaz
Olhos enganadores
Falsidade capaz
De igualar a de atores

Tendo em mãos a fé
Que brinca de santidade
Nas ondas de uma maré
Extintas de honestidade

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Geometria do pequeno poder


Atiro no alvo
E que atirem bondade
E de bom atirador
Tiraram verdade
E o que atiram
São só sacanagem
Em meros escrachos 
Com ser salvo?
Sem ver a si
Não há coragem
Pois se eu te acho
Não tem escolha
Sem construtiva
Nem senso crítico
Existe a bolha
Não o analítico

domingo, 26 de agosto de 2012

Verso Avulso

Corre e olha para todos os lados 
Como se já não tivesse idade 
São dias ansiosos e nublados 
Desses que só se tem saudade

Verso Avulso

De manhã passa rápido, vem a tarde.
A tarde também se vai e a noite arde.

Texto encontrado - novembro de 2008 - Achado

"Acredito que nada 
do que é importante,
Se perde verdadeiramente.

Apenas nos iludimos,
Julgando ser donos das coisas,
Dos instantes e dos outros.

Comigo caminham:
Todos os amigos que se afastaram,
Todos os dias felizes que se passaram.

Não perdi nada,
Apenas a ilusão de que tudo podia ser meu,
Assim, Para Sempre!"

Texto encontrado - Março de 2010 - Surpresa

Fez questão da distração
Embora um pouco sem jeito
Mergulhando de cabeça
Numa ação que é preciso peito

Seu tom de voz perfeito 
Fazendo efeito
Sendo eleito

Na avenida que passou
Cantou memórias da boêmia
Na lembrança só restava
A velha e boa companhia

Sua intensa alegria
Querendo fantasia
Tendo toda harmonia

Surpreendeu alguns e outros
Tinha sempre um bom motivo
Que para todos demonstrava
O grande infinito alívio

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Saber voar

Entregue seu coração
Ao que será feito
Toda e qualquer ação
Mostra o seu respeito

Deleito é ter prazer
É andar de olhos fechados
É sorrir sem querer
Amar até dias nublados

Entendendo que seu coração
Se esconde em repouso
Chega a estação
Sente o alvoroço

Para quem sabe voar
Indiferente é o pouso
Quando me lanço no ar
Mesmo com medo ouso

sábado, 11 de agosto de 2012

Meu tempo é quando

De manhã sempre à toa
Chega a tarde numa boa
Quando é noite é sem vergonha
No outro dia só ressaca
Tantas vezes nessa estrada
Que só pede aperitivo
Para sentir que tem andado
Se encontrado com o exato
Que alguns acham que existe
O limite é pai do risco
Não tem vício nem consolo
Qualquer um se perde um pouco
Como já disse Clarice
Se perder é um caminho
Se não sabe fica esperto
Hoje o dia é para ser
E se é para dar carinho
Lute com o que vier
Desconfie do incerto
E só ame o que quiser 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Cotidiano


Hoje que senti mesmo
Que o coração bate mais rápido
Quando aquele nó no peito
Vai ser retirado
A euforia abundante
Teme todos os limites
Para quem quer fazer da vida
Momentos radiantes
Gestos e modos
Crimes e suas cobiças
Se deles fluem algo
Seja sincero e não carniça
Pois se é que se faz amor
As venturas sejam as riquezas
As incertezas sejam o sabor
E o amor seja nas diferenças

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Metamorfoseando

Alucino entre paredes
Tudo de forma enquadrada
De terras e gramas verdes
Fora sua jornada

Em terras se replantou
Coragem e talento
Dos verdes se alimentou
Sentindo a brisa do vento

Por que há de morrer às vezes
Para ser bem melhor que agora
Metamorfoseando os meses
Os anos passam sem demora

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Filosofia de Bar

Sol dia de mar
Chuva dia de cama
Na hora de amar
Ama e não reclama

Alguns amantes de bar
Bebem sem fazer drama
Talvez possam avançar
Talvez afundem na lama

Esses Boêmios distintos
Bebem até cambalear
Seguem seus próprios instintos
Esquecem do dilacerar

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Sonho cobaia

sonhei que era forte
brinquei com a sorte
sorri sem querer

Mantive a calma
Revi minha alma
Querendo vencer

O Mar era tenso
Nuns olhos imensos
Que só pude ver

Alegrias de vento
Soprando sentimento
Coisas do querer

Lembrei que era sonho
E todo tristonho
Me agarrei pra valer

Na barra da saia
De um sonho cobaia
Que sempre quis ter

Mas não me perdi
Busquei reagir
Respirando meu ser

Que trouxe de volta
Com tanta revolta
Que nem posso crer

Que o sonho de agora
Que já foi embora
Jamais quis perder

Um pouquinho

Um pouquinho de verdade
Um bocado de ansiedade
Visitante do que é bom
Das segundas, das semanas
Faz sentido o que se sente
Não só sente o que se entende
De pouquinho em pouquinho
O que é morno fica quente
Há mais chances de esfriar
Se sonhar não é um dom
E se os olhos se fecharem
Não esqueça do seu tom
Por que quando eles abrirem
Sonhos se perdem no ar
Para aprender sentir-se grande
Não precisa se mostrar
Se esquenta com cobertor
Se mergulha no sonhar

Sonhos aflorados

Nos braços amassados
Esquentam, esbarram
Seus corpos descansados
Nos olhos os traços
Os dedos entrelaçam
Os medos destroçados
Agarram segurança
E os sonhos aflorados
Atrevem as lembranças
A serem desejadas
A todos os instantes
Como nas madrugadas
Distintas, invasoras
Alimentam o infinito
Esquecem até das horas
Amor é comprimido
Que junta e acolhe
Sinceros sentimentos
Vividos de passagem
Criados com o riso
Na estrada da verdade

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Expresso

Café sem café, conversa.
Com verso minha fé se expressa.

Solidão aprumar

Modernidade ultra passada 
Gestos démodés 
Mentes desocupadas 
Preguiças do querer 
Toda solidão 
Faz-se como mendigo 
Na falta de um cobertor 
Na espera de algum abrigo 
Aonde de novo se lança 
Coração não fica imune 
Toda a vez balança
Tanto quanto se aprume

Lamento cogitado

O que é certo?
Será que você me entende?
Hoje em dia até no frio ta quente
Eu expliquei o que sentia
E todos entenderam
Difícil mesmo era aguentar a agonia
De querer viver o que é fantasia
Seguem sozinhos e sublimes
Tantas pessoas sem coragem
Não de se jogar de uma ponte
Mas de falar a verdade
O que é certo então?
Uns caminham de lado
Outros na contra mão
Posso errar uma vez
Desde que aceitem o perdão
Então o silêncio é quem fala
O certo mesmo é calar
Diz em poucas palavras
Que em vão lamenta o penar

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sempre igual

Me pego olhando para a Tina. Não é ela quem faz ser assim. Ela é assim.
Eu que relaxo, fico em paz e esqueço que amanhã vai ser igual. Igual a Ro.

domingo, 3 de junho de 2012

Boas verdades


Fiz delas minhas
Ao me manter sereno
Vi companhia
Curei venenos

Minhas paixões
São como o vento
Sopram meus sonhos
Vivem lamentos

Os dias fáceis
São distraídos
Entre lençóis
Gestos bandidos

O tempo para
Dias escuros
E o que se tem
São só sussurros

Para se entender
Basta um pouquinho
Oferecer
Talvez carinho

Por um momento
Por sua vida
E o que sussurra
Dê urros ávidos

Porque é estranho
Tanto embaraço
Que eu fantasio
O meu cansaço

terça-feira, 29 de maio de 2012

Só ria

Hoje pela manhã tanta coisa ria. A borracha ria, o temaki ria, o lanche ria, tantas coisas. Menos as pessoas.

sábado, 12 de maio de 2012

Encontro


Chegou, equilibrou-se e perguntou, como andas meu amigo?
Respondeu ele; não ando mais, agora só flutuo.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sorrir e rever

Devo esses sorrisos
As alegrias alheias
O peito foi atingido
Não foram brincadeiras
Pondo-se de espera
Aos próximos fluídos
Que chegam das beiras
Graça dos indivíduos
Ouço que ainda têm
Difícil mesmo ser visto
Guardo-me refém
Sorrisos belos revisto
Em busca de um espasmo
Pronto para sugar
Solto-me desse marasmo
Para não deixar amargar

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Algum invento

Ao bem que tem
Fazei valer
A cada instante
Se refazer
Para nesse bem
Saber vencer
E se cair
Sabei sorrir
Quanto ao chorar
Ignorar
Pois se é de apego
Só tem lamento
E o que eu te peço
É algum invento
Para digerir
Meus pensamentos
Só vivo tanto
Crio um encanto
Peço sossego
Nisso me apego

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Os dias

Dias que enfrento
Dói são os minutos
Tento algum invento
Sinto aquele insulto

Devo lhe dizer
De repente fica cinza
Não é enlouquecer
Quem sabe seja brisa

Nem sempre o preto e branco
Relembra coisa triste
Do peito amor arranco
Que sabe alguém aviste

Com olhos que confortam
E o jeito de criança
Os dias se renovam
Só isso é esperança

Da vida

Ele ganhava dez reais por dia
Com nove, em seu cofre investia
O outro um, ele resolvia
Só o que não sabia
É o quanto ainda tinha

De dinheiro!? Não, de tempo.

Para morrer se não vivia.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sempre cuidar

Gosto do sentimento bom
Que rasga o peito sem dor
Você só pode ter um dom
Desses de um compositor

Desenha alegria no rosto
Que sentimento bonito é esse?
Sei que estou disposto
A ter cada vez mais vezes

Um ruído por dentro
Um piscar sem medo
Mesmo de tão longe
Continuo sempre te vendo

É como o sol passeando
Lá de longe só quer aquecer
Vem o frio dançando
Para que eu possa perceber

Diferente, estranho, não se explica
Quero mais é segurar sua mão
Mesmo que alguém me diga
Coisas confusas, sem noção

Eu sei bem o que quero
Digo isso para continuar
Única coisa que espero
É poder sempre cuidar


sábado, 31 de março de 2012

O poeta ganhou asas


O que só vem de dentro
O lógico não explica
Amor é mais que amar
Amar só simplifica

Inspirações, papel e caneta
Tudo se torna dois seres
Poeta e seus prazeres
Liberto dos padrões e afazeres

Contente, feliz mas sensato
Que mesmo nos sonhos mais belos
Os erros também são fatos

Deixando ainda assim
Os dois interligados
Poesias e seus escravos

Em busca de amor correto
O coração tem que ser bravo
Para que se faça repleto
O que agora da asas

segunda-feira, 26 de março de 2012

Para não haver lamento


Ou ta muito calor
Ou ta muito frio
Ninguém degusta o sabor
Ninguém se joga no rio

Por que atirar sem alvo?
Por que não aproveitar o que quer?
Se tem algo que ainda salvo
É o que me deixa de pé

Porém, entranto, todavia,
A vida continua mais uns dias.
Entre sensações quentes e frias,
Fazer então agregar-se alegria.

Pego esse algo que me ergue,
E faço dele um tripé.
Junto cara, coragem e humildade
E vou andando beirando a maré

Por: Ana Sacramento e Junior Köche

Para não haver lamento


Ou ta muito calor
Ou ta muito frio
Ninguém degusta o sabor
Ninguém se joga no rio

Por que atirar em alvo?
Por que não aproveitar o que quer?
Se tem algo que ainda salvo
É o que me deixa de pé

quarta-feira, 21 de março de 2012

Carregando a imaginação


Não enxergava de olhos abertos
Imaginava tanto que esquecia do real
Eram pensamentos inquietos
Talvez um pouco fora do normal

Insistia em entender a vida
Amores, carinhos, tristezas
Não encontrando nenhuma saída
Seguia assim degustando belezas

Belezas que deixavam mais agitado
Por fazerem ligação a um sorriso
Num coração calmo e comportado
Deleite sempre fora o que é preciso

Para acalmar esses dias que se dão
E fixar os olhos como âncora em você
Simplesmente carrego a imaginação
Por que assim realmente tudo pode ser

segunda-feira, 12 de março de 2012

Eu vi surgir

Esses volumes
São tão discretos
Sutis e doces
São tão repletos
Nem mil perguntas
Explicam tão bem
Se é que sinto
Ou vou além
Não quero ser
Talvez errado
Por perceber
Que tenho amado
Amar é forte
Não diz assim
Sigo pro norte
Que há em mim
O que há de bela
Eu vi surgir
Como uma vela
Que faz luzir
Clareia a alma
Traz mansidão
Sigo com calma
De coração
Não brinco enfim
Quero sorrir
O que há em ti
Faz colorir

domingo, 11 de março de 2012

Sonhando em órbita

Parece um menino 
Cheio de preocupações 
Vivi sorrindo 
Tem as suas razões 

É calmo e engraçado 
Mas não aprendeu ainda 
Corações são sempre amaçados 
Com coisas que são bem-vindas 

Não existe escolhas para gostar 
O sorrir é uma meta 
Vai deixando-se levar 
Como o brilho de um cometa 

Iluminando ao sorrir 
Em sua órbita vai sonhando 
Pensa nunca se iludir 
Segue assim cantarolando

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Silêncio inquieto

Acordou, despertou
Manhã nublada
Silêncio inquieto
A sua jornada
Vai sem lamento
Só o que espera
É a hora certa
Não de ponteiros
Incerto é dúvida
Se não insiste
Talvez evite
O que é de ida
Vai sempre em frente
E se demora
Viva o presente

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Os outros e eu

Num pensamento
Desejo explícito
Contentamento
Assim existo

Embora aconteça
É um acaso
A quem esqueça
Que tem fracasso

O mundo gira
Pelos encontros
E o que inspira
São só os outros

Um bom sorriso
Só por pensar
Feliz preciso
Me reencontrar

Estou perdido
Por desejar
O meu pedido
O meu penar

Que acrescenta
Que alivia
O que se tenta
Se vive um dia

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Num calor

Segunda quente
Não tinha nem ressaca
Mas o corpo derretia
Num sol que rachava
Parecia vegetar
Com o corpo adormecido
Era um dia fervoroso
Não havia parecido
Seus olhos ficavam pesados
Sua respiração era lenta
Com seu corpo sufocado
A cabeça ainda inventa
Seu alívio ou sua culpa
Seu sucesso e sua luta
São escolhas para ser
Ser depende da escolha
Uma coisa é viver
Só não viva numa bolha
Eram essas suas ideias
Era isso que vivia
Pelo menos ele tentava
Só com ele competia
E enquanto o sol trilhava
Seu destino de se pôr
Ele apenas só lembrava
Que às vezes faz calor